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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O HÓSPEDE CRI CRI CRI...



Tudo estava pronto, o sono já tinha chegado (como não acontecia há meses), o quarto estava frio, os lençóis já desdobrados e muito convidativos, pensei: “nossa, essa vai ser a noite!”
Me sentei na cama para meu ritual do sono, e ao colocar minha cabeça no meu travesseiro novo de pena de ganso (que aliais, o Shoptime me cobrou um frete caríssimo para entregar) um barulho estranho me chama atenção.
“Cri, cri, cri”
Consciência? Pensei eu... Por que fazes barulho tão estranho? Segundos de silêncio e então “cri cri cri”. “Devo estar fazendo algo de muito errado mesmo, já não basta o carma que não quer me deixar, agora não consigo nem entender a voz da minha própria consciência.”
“cri, cri, cri”
Me levanto, revoltado, desesperado talvez. O sono? Já tinha ido, agora a noite só tinha espaço para questionamentos, raiva, incerteza. Já que nem minha consciência quer falar direito comigo, dá pra perceber a quão agradável pessoa eu sou.
“cri, cri, cri”
Em um gesto de raiva me sento no chão, só para constatar o meu fracasso. Pois bem, aí percebo que não tão desagradável sou, afinal, tenho um hóspede. “Ahhh, então você é que é minha consciência?” Ele apenas mexeu as anteninhas, me olhou por um tempo, e seguiu com sua ladainha: “cri, cri, cri”.
Apesar de feliz com a visita, vi que meu hóspede e eu não poderíamos passar a noite juntos, afinal ele queria cantar, e eu queria dormir, essa não é uma boa combinação. Tentei convencê-lo a sair, ele se recusou, foi para detrás da cama, não tinha como eu tirá-lo de lá. “Troço inconveniente, por que queres tanto ficar?” pensei. “Você não quer sair por bem? Pois vai sair por mal! Vou usar meu Baygon que comprei ontem na taberna do seu Tonho, ainda bem que ele vende essa embalagem econômica que vem 150ml de graça, nem vai me custar tanto.
Foi aí que descobri a real voz da consciência, ela é uma voz muda, uma voz de sentimentos, e ela dizia “Não! Ele é teu hóspede, você tem que cuidar dele”. Mas aí pensei: “Se ele ficar aí eu não vou dormir, se eu o matar a consciência não vai me deixar dormir, o que fazer?
Foi então que em um ato heroico peguei o frasco do meu antigo Bluerush Intense da Avon, espirrei atrás a cama e (como o cheiro daquele perfume é tão ruim) ele saiu detrás de lá. Abri a porta e o convidei pra dormir na cozinha. Ele prontamente aceitou meu pedido carinhoso e se retirou. Para pedir perdão eu disse: “Olha, não faço isso com ninguém, mas especialmente hoje, vou dividir meu Alfazema com você! Só porque és meu hóspede especial.” Perfumei a cozinha, voltei ao quarto, escrevi isso, e às 1 da manhã dormi.

FIM

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